Magistrados do Acre participam em Brasília do curso de Formação de Formadores da Enfam
Profissionais integraram atividades pedagógicas, oficinas, exposições dialogadas e trabalhos em grupo.
Magistrados do Acre participaram em Brasília de atividades relacionadas ao curso de Formação de Formadores (FOFO). Os desembargadores Roberto Barros e Laudivon Nogueira, e os juízes de Direito Anastácio Menezes, Giordane Dourado e Danniel Bomfim, cumpriram a agenda institucional no Distrito Federal, integrando oficinas, exposições dialogadas e trabalhos em grupo.
O curso é desenvolvido pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), sendo ofertado aos formadores que concluíram os módulos 1 e 2 do nível 1, e que participaram das turmas das Regiões Norte, Sul e remanescentes.
Roberto Barros enalteceu a contribuição da iniciativa para o fortalecimento das ações da Escola do Poder Judiciário (Esjud), da qual é diretor. “É fundamental que as escolas judiciais possuam em seus quadros profissionais com a formação adequada e a capacitação necessária, para compartilhar e multiplicar o conhecimento apreendido. Dessa forma, a cultura jurídica é fortalecida”, assinalou.
O desembargador participou, junto com o juiz de Direito Anastácio Menezes, da oficina “Avaliação – Portfólio para acompanhamento e orientação da prática jurisdicional”, que equivale ao Nível 2 do curso Formação de Formadores. Também foi feita a simulação de um plano de prática jurisdicional.
O objetivo da atividade era fazer com que os participantes passem a elaborar o plano de trabalho da prática jurisdicional nos cursos de Formação Inicial e nos de Formação Continuada para Fins de Vitaliciamento, bem como a realizar a supervisão da prática jurisdicional de magistrados, entre outras competências.
“O magistrado já tem uma carga de conhecimento teórico enorme, então esse tipo de curso serve para que eles desenvolvam as habilidades que a prática exige. Nessa formação prática, o contato do magistrado mais experiente com o magistrado aluno é feito com um tom de compartilhamento de aprendizado”, explica Fillipe Azevedo, chefe da Divisão Pedagógica da Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (Esmarn).
Durante os dois dias de atividades na oficina, os 22 participantes dialogaram sobre os temas propostos e desenvolveram atividades que possibilitaram a vivência das orientações didático-pedagógicas propostas pela Enfam.
Alguns dos temas desenvolvidos foram: Ser Formador no Módulo de Prática Profissional; Contribuições Para Reavaliação e Reformulação dos Atos Normativos da Enfam Referentes à Prática Jurisdicional Preparatória; e O Papel do Formador na Prática Jurisdicional no Curso de Formação Inicial e de Aperfeiçoamento para Fins de Vitaliciamento de Magistrados.
Outras atividades
O desembargador Laudivon Nogueira, e os juízes Giordane Dourado e Danniel Bomfim integral o módulo 3 do FOFO.
Foram 16 horas-aula de curso distribuídas em dois dias de atividades. Os professores Léa Camargos Anastasiou e Erisevelton Silva Lima falaram sobre o uso de estratégias metodológicas (ativas) e avaliativas, e sobre as possibilidades de avaliação no desenvolvimento do processo formativo.
As oficinas
Cada aluno participou de três oficinas, escolhidas entre os cinco temas que serão trabalhados durante o módulo:
Oficina 1 – Promoção da participação do aluno no desenvolvimento da aula expositiva, conduzida pelo formador Fernando de Assis Alves;
Oficina 2 – Aspectos da comunicação que apoiam o desenvolvimento da atuação docente, conduzida pelo formador Luis Fernando Tavares Santos;
Oficina 3 – O desenvolvimento de processos avaliativos ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, conduzida pelo formador Erisevelton Silva Lima;
Oficina 4 – Planejamento: a organização de estratégias de ensino para o desenvolvimento de competências, pela formadora Léa Camargos Anastasiou;
Oficina 5 – O uso das metodologias ativas como alternativa de articulação entre a teoria e a prática: explorando a problematização – estudo de caso, dramatização e simulação, pelo formador Juiz Federal Vladimir Vitovsky, do TRF2.
A proposta da ação formativa é reorganizar a prática docente do magistrado formador, considerando seu percurso de trabalho, suas experiências, a formação, e os conhecimentos pedagógicos desenvolvidos.
A ideia é de que os participantes estejam aptos a analisar, individual e coletivamente, o processo de formação e a atividade docente no contexto da magistratura, bem como a aplicar os conhecimentos pedagógicos desenvolvidos ao longo dos cursos de formação de formadores na organização da aula e na utilização de metodologias ativas.
“São coisas que aprendemos aqui: a integrar o aluno na prática e a mudar a forma passiva dos discentes. Os resultados são muito bons”, diz o formador e magistrado Jeverson Quinteiro, do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT).
A proposta da ação formativa é reorganizar a prática docente do magistrado formador, considerando seu percurso de trabalho, suas experiências, a formação, e os conhecimentos pedagógicos desenvolvidos.
(Com informações da Enfam)
