Esjud coloca em debate “Os desafios de uma sociedade plural: + direitos e – preconceito”
Evento teve como ponto de partida a ideia de uma sociedade justa, solidária e livre, com a promoção permanente do bem de todas e todos.
A Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud) promoveu nessa terça-feira (28) a “Mesa redonda: “Os desafios de uma sociedade plural: + direitos e – preconceito”. A atividade teve participação de magistradas(os), servidoras(es), comunidades jurídica e acadêmica.
“A Constituição Federal estabelece como objetivos fundamentais da República brasileira a construção de uma sociedade justa, solidária e livre, bem como a promoção permanente do bem de todas e todos, sem qualquer tipo de preconceito acerca do sexo, gênero, raça, origem, cor, idade, etc”, assinalou a desembargadora Regina Ferrari.
A diretora da Esjud também destacou que ao trazer para reflexão a temática, o Órgão de Ensino “está dizendo não à discriminação e sim ao respeito, à inclusão, à empatia e à vida”.
Realizados na plataforma Google Meet, os trabalhos foram mediados pelo juiz de Direito Erik Farhat, titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Cruzeiro do Sul. O magistrado fez a apresentação dos convidados, ponderações e moderou os debates no chat.
A mesa redonda
Primeiro palestrante, Mário Gomes, discorreu sobre a “Construção de um Judiciário realmente acolhedor da diversidade”. “Meu lugar de fala, minha posicionalidade é de um juiz de Direito gay (do TJBA) e isso é muito importante que fique claro”, disse no começo de sua fala. Mestre em Letras e em Filosofia do Direito, ele abordou diversos assuntos, como a “hierarquia da opressão” e a necessidade de “políticas afirmativas” no contexto da magistratura.
Shelton de Souza tratou de estudos acadêmicos e ações políticas no campo das sexualidades, lançando um olhar sobre ações indivíduo-grupais. Doutor em Linguística, trouxe diversos exemplos do dia a dia, nos quais a linguagem é imbuída de estereótipos, preconceitos e estigmas.
Militante social, presidente do fórum de Ong’s LGBTQI+ do Estado do Acre, Germano Marino salientou que desde 1999 luta pela causa. Defendeu que, mais do que cumprir as leis de proteção aos grupos sociais mais vulneráveis, é preciso estabelecer “um processo educativo para transformar a sociedade”.
Quer assistir à mesa redonda completa? Acesse aqui o canal da Esjud no YouTube.