Programa Saber sem Fronteiras chega às Comarcas de Rodrigues Alves e Mâncio Lima
Iniciativa alcançará todas as comarcas do Estado, com capacitações e as melhores atividades educacionais.
“Queremos agradecer por toda atenção recebida. Há muito tempo não nos sentíamos tão bem cuidados. Percebe-se que a Escola e a Corregedoria não estão preocupados apenas em cobrar, ou com o cumprimento de metas, mas também com a nossa saúde e bem-estar. Estamos tão distantes, é verdade, mas essa presença de vocês, esse carinho, são gratificantes, fazem toda diferença”. O depoimento da servidora Carinne Correia, da Comarca de Rodrigues Alves, denota a relevância do Programa Saber sem Fronteiras, lançado em março deste ano pela Escola do Poder Judiciário do Acre (Esjud).
Com módulos presenciais e em EaD, a ação tem o apoio da Corregedoria-Geral da Justiça (Coger), e leva conhecimento e as principais atividades educacionais a todo o Estado. Já havia chegado às Comarcas de Bujari, Porto Acre, Rio Branco, Senador Guiomard, Capixaba, Plácido de Castro, Sena Madureira, Acrelândia, Cruzeiro do Sul e, agora, a Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
Corregedor-geral da Justiça, o desembargador Samoel Evangelista assinalou o duplo significado e os benefícios do Sem Fronteiras. “Essa iniciativa conjunta merece destaque, tanto por seu pioneirismo no Brasil, quanto pelos resultados obtidos; notadamente o fortalecimento da prestação jurisdicional, com serviços de maior qualidade e eficiência. Ganham os magistrados, servidores, a Instituição e, principalmente, a sociedade, razão maior do nosso trabalho.
“Dia histórico para todos nós, uma oportunidade única para aprendermos, para crescermos, e alcançarmos melhores números, melhores cenários, cada vez mais positivos”, frisou a servidora Ernizia Araujo, da mesma comarca.
Juíza de Direito substituta, Marilene Zhu considerou que a iniciativa corrobora a busca pela celeridade processual. “Salutar, muito importante! Essa capacitação prévia oferecida pelo Saber sem Fronteiras é imprescindível, para se adquirir conhecimento e ampliar as possibilidades. Também para se manejar os processos com mais agilidade, e produzir mais, com menos dispêndio de esforço, de recursos”, analisou.
A ampla agenda no Vale do Juruá, destinada a magistradas(os) e servidoras(es), também englobou a Comarca de Cruzeiro do Sul, onde todas as unidades foram contempladas.
Participaram dos trabalhos nas três comarcas, incluindo Rodrigues Alves e Mâncio Lima, o juiz de Direito Alex Oivane, os servidores da Coger, Célio Rodrigues (assessor), Rafaella Mezerhane, gerente de Fiscalização Judicial e Katiuzya de Melo (analista judiciária); o assessor Júlio Gomes, que atua na Esjud, a psicóloga Josy Costa.
Mâncio Lima
Em Mâncio Lima, os profissionais foram recebidos pela juíza de Direito Gláucia Gomes, que apontou o verdadeiro sentido do programa. “Sou muito grata pela ação de caráter tão prático, que contribui de forma direta para que alcancemos as metas e indicadores do Tribunal de Justiça e do CNJ. E isso de maneira salutar, tratando com leveza e preparação do emocional, afinal somos seres humanos, antes de sermos servidores públicos. Estou muito grata por essa oportunidade, e vejo também no olhar de cada servidora e servidor a satisfação em poder participar”, explicou.
A capacitação do Órgão de Ensino possui natureza prática, pois as apresentações ao vivo permitem a participação individual ativa, a interação coletiva, e a obtenção de respostas às dúvidas sobre utilização de plataformas, ferramentas, sistemas, rotinas de produção, etc.
“Curso muito bom, com linguagem acessível, adequada, e proposta orientadora, no sentido de buscarmos os melhores caminhos, as soluções mais efetivas. A gente aprendeu bastante”, declarou a servidora Caren Almeida, diretora criminal de Mâncio Lima.
“Trouxe um novo horizonte, faz a gente olhar com mais empatia. Passamos a ter uma visão diferente sobre os cidadãos, que dependem do nosso trabalho, principalmente as pessoas carentes, muitas delas vêm de locais distantes, de difícil acesso, sem ter tomado sequer o café da manhã, atrás de resposta para o seu problema. Então temos de atendê-las com esse olhar carinhoso”, afirmou Renee Marçal, diretora cível da mesma comarca.
Participaram dos trabalhos em Rodrigues Alves e Mâncio Lima o juiz de Direito Alex Oivane, os servidores da Coger, Célio Rodrigues (assessor), Rafaella Mezerhane, gerente de Fiscalização Judicial e Katiuzya de Melo (analista judiciária); o assessor Júlio Gomes, que atua na Escola, a psicóloga Josy Costa.
Os conteúdos
Júlio Gomes pormenorizou as rotinas relacionadas ao BNMP, ao Corporativo do CNJ (Sistema de Controle de Acesso), e à Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro (PDPJ-Br). O assessor da Esjud falou sobre o cumprimento de normas do CNJ e do próprio TJAC, e acerca da necessidade de constante zelo para que os dispositivos sejam corretamente atualizados e alimentados.
Célio Rodrigues tratou sobre os painéis estatísticos, número de processos, planejamento de ações estratégicas, indicadores judiciais, produtividade, e a premente necessidade de otimização do fluxo de trabalho. Tão importante foi a apresentação de um diagnóstico situacional de unidades cíveis e criminais, explicitando quais ferramentas podem ser utilizadas para subsidiar as atividades desenvolvidas pela equipe, a exemplo da movimentação e do arquivamento processual.
Atuando na Gerência de Qualidade de vida do TJAC, Josy Costa defendeu a proposta de acolhimento da agenda educacional, e que a saúde emocional “é fundamental para se possa desempenhar as funções laborais com efetividade”. “Temos de trabalhar de modo integrado, com a visão holística, buscando criatividade e atenção, sim, mas também os melhores valores, como a gratidão”, completou.
Saber sem Fronteiras
Com o “Saber sem Fronteiras” é possível proporcionar capacitações diversas, desde a área de Saúde, Meio Ambiente, Ética, Acessibilidade, Língua Portuguesa, Adoção, Justiça Restaurativa, Infância e Juventude, Violência Doméstica, e temáticas mais técnicas – Sistemas de Apoio à Jurisdição, Central de Processamento Eletrônico (Cepre), Estatísticas, etc.
Além dos conteúdos presenciais, são disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Escola videoaulas gravadas especificamente para o programa. São 30 horas de formação, que valorizam as(os) serventuárias(os) da Justiça e, ainda, serão validadas para a Gratificação por Alcance de Resultados (GAR) e requerimento do adicional de capacitação.